Evento com duração de dois dias destaca os desafios e potencialidades do SUS
Natalia Oliveira e Sanmya Meneses, da Fepecs
Após dois meses de reforma, com modernização dos sistemas de áudio e vídeo, substituição de ar condicionado e carpete, além de inovação de telas e projetores multimídia, o auditório da Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde (Fepecs) foi palco, nesta quarta-feira (28), para abertura do III Seminário de Educação Permanente institucional- o primeiro a ser promovido em parceira com a Escola de Saúde Pública do Distrito Federal (ESP/DF).
O evento, que conta com dois dias de duração, tem como tema “Desafios e potencialidades nas vivências do Sistema Único de Saúde (SUS)”, cujo objetivo é promover a integração dos atores diretamente envolvidos na gestão do trabalho na saúde, para aperfeiçoamento da educação permanente e integração do ensino-serviço no Distrito Federal. Com espaço para participação presencial de 220 pessoas no auditório da Fepecs, o encontro também é transmitido pelo canal do Youtube da ESP.
Presente à mesa de abertura, a diretora da Fepecs, Inocência Rocha Fernandes, falou da alegria de receber o evento num local “reformado e entregue a tempo para a ocasião”. A gestora destacou a importância do seminário, “principalmente após o desafio e sonho realizado de instituir a primeira escola de saúde pública do DF”. Em sua avaliação, eventos como este são necessários para uma discussão ampla sobre como “investir na qualidade dos serviços, dos espaços físicos, e dos servidores por meio de capacitação contínua”. Terminou sua fala agradecendo aos presentes e lembrando a “potência dos atores do SUS”.
À frente da ESP/DF, a diretora Fernanda Monteiro destacou a relevância da inovação. “Para inovar, é preciso ousadia e não ter medo”, disse. Falou também sobre a importância de romper barreiras e comemorou a nova escola, que, segundo ela, “vai produzir ainda mais conhecimento na capital do país e para todo o Brasil”.
Além das duas gestoras institucionais, estiveram presentes na abertura representantes da Secretaria de Saúde do DF (SES/DF); dos Núcleos de Educação Permanente (Neps); da Comissão de Integração Ensino-Serviço (Cies); do Conselho de Saúde e do Ministério da Saúde (MS). Durante os dois dias de encontro estão previstas palestras, oficinas e mesas redondas focadas na educação e saúde no Distrito Federal. Para relaxar, nos momentos de intervalo, serão oferecidas atividades de auriculoterapia e Lian Gong- uma parceria com a Gerência de Práticas Integrativas da SES.
Segundo dia
Para dar continuidade à programação do evento, representante do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) fará palestra na parte da manhã, abordando aspectos importantes sobre o tema. Além disso, convidados das escolas de saúde públicas dos estados de Mato Grosso e Goiás vão abordar experiências exitosas em suas instituições de ensino.
Um dos momentos mais aguardados do evento é o resultado da votação da logomarca da ESP/DF. No dia 21 de agosto foi lançada uma enquete para participação popular, com quatros opções de voto. O resultado será divulgado no dia 29 de agosto.
Cerca de 200 participantes, entre gestores, docentes e servidores da Fepecs, ESP, Escs e SES se inscreveram para participar do evento e, ao final, vão receber certificação pela presença.
Educação Permanente
A diretora da ESP, Fernanda Monteiro, destaca que a principal importância de um evento com essa temática é entender a perspectiva e os desafios da educação permanente no DF. “A educação permanente é a produção do conhecimento a partir do cotidiano, por meio das vivências dos servidores, ou seja, é uma construção coletiva do que precisa ser mudado, sempre focando nos problemas enfrentados por eles no dia a dia das suas atividades”. Segundo ela, “assim, as mudanças nesses processos de trabalho são refletidas diretamente na qualidade de atendimento do usuário”.
A gestora explica, ainda, que a aplicação de uma metodologia adequada nas capacitações é fundamental para desenvolver soluções e mudanças de processos de trabalho. “Para que a educação permanente seja uma pauta cotidiana na saúde do DF é preciso mais do disponibilizar espaço de diálogos para as equipes nas rotinas semanais, mas também aplicar uma metodologia correta para que o coletivo possa construir as melhores alternativas para o problema enfrentado”.