“A política pública brasileira de doação e transplantes de órgãos e tecidos é uma das mais bem sucedidas do mundo. O Sistema Nacional de Transplantes (ST), tendo o Sistema Único de Saúde como metassistema, é composto pelos subsistemas de doação, captação e de transplantes, com inputs, process e outputs específicos, através dos quais se relaciona com a sociedade.  

Enquanto nos subsistemas de captação e de transplantes são abordadas as tecnologias avançadas de assistência, os gestores do subsistema de doação se relacionam com a complexidade do Ser Humano ante o elevado e histórico percentual de não autorização familiar à doação.

Considerando que a política pública tem a função de promover o Capital Social em benefício da sociedade plural, o corpo administrativo é fundamental para conceber estratégias, gerenciar a força de trabalho, viabilizar a operacionalização das ações, gerir resultados da prestação de serviços, de relacionamento com os stakeholders e avaliar permanentemente os resultados sistêmicos.

Administrar instituições de saúde não é tarefa simples; gerenciar ações em qualquer um dos subsistemas do ST traz consigo a complexidade inerente caracterizada por emergências fisiopatológicas, urgências emocionais, técnicas especializadas, gestão financeira, de suprimentos, de logística, de pessoas, conciliando conhecimentos, habilidades e atitudes profissionais imprescindíveis para que os processos de trabalho de doação, de captação e de transplantes aconteçam tanto no segmento público, quanto no privado.

Ao idealizarmos o Simpósio Brasileiro de Gestão do Sistema de Transplantes, demos vazão ao nosso desejo de posicionar a gestão no centro da discussão entre pensadores, executores e gestores de serviços e da política pública de doação e transplantes de órgãos e tecidos.

Este evento é direcionado para o público multiprofissional e transcende a área da saúde.

Sejam bem-vindos!”

Anderson Galante,
Presidente do Simpósio e da Comissão Organizadora.